Diretor explica sobre polêmica dos Jogos Escolares

Josias Terres, diretor do Colégio Frederico Guilherme Giese, falou sobre o assunto (Foto: Reprodução - TV Educativa PR)

O diretor do Colégio Estadual Frederico Guilherme Giese, Josias Terres, falou ontem pela manhã sobre a proibição do ingresso de algumas crianças e jovens no ginásio de esportes Claudio de Oliveira Mendes, onde ocorreu na semana passada mais uma edição da fase municipal dos Jogos Escolares. Josias confirmou o fato e explicou que isso ocorreu para garantir a segurança de outros mil alunos que estavam no interior do ginásio.

A competição escolar envolveu estudantes das escolas Frederico e da Alfredo Greipel Junior, de Trigolândia, ambas da rede estadual. “A segurança de todos os alunos que estavam dentro do ginásio, destas duas escolas, era de nossa responsabilidade, como também o deslocamento desses alunos até o local. É um evento interno, onde devemos garantir a segurança dos estudantes como se eles estivessem dentro da escola. Houve um acordo entre as duas escolas que só permaneceria dentro do ginásio quem tivesse com seus responsáveis”, argumentou o diretor. 

Josias falou sobre a comunicação para a Policia Militar, solicitando apoio para o deslocamento dos alunos e professores. Ele disse, ainda, que foi solicitada a realização de rondas pela PM para garantir a segurança dos alunos, e que ninguém da escola ligou para a PM para solicitar a retirada dos jovens que estavam para o lado de fora do ginásio. “Não poderíamos nos responsabilizar por esses alunos também. Até chamamos uma professora da outra escola e perguntamos se ela ficaria responsável pelos alunos que estavam do lado de fora, e ela disse que não", contou.

Críticas infundadas

O diretor também lamenta as críticas por parte de algumas lideranças políticas. Terres se refere à forma como o tema repercutiu na Câmara de Vereadores de Piên. "É um evento de duas escolas. O dia que for um evento público, onde o município ofereça toda estrutura de Policia Militar, bombeiros, segurança, ambulância, e eles se responsabilizarem, aí não tem problema. Nossas escolas têm regulamentos que seguimos, assim como o uso do uniforme o cumprimento dos horários. Não podemos arcar assim com uma crítica feita até de maneira sem o conhecimento de causa. Não entendo porque criticam a escola sendo que estávamos protegendo nossos alunos”, desabafou. 

Para concluir, Josias acrescentou que espera que seu posicionamento chegue até os vereadores. “Precisamos pensar na segurança da criança. Quem é responsável por ela naquele momento? Se tinham crianças de manhã e à tarde lá, será que os pais sabiam que elas estavam lá? Será que as professoras deles sabiam, ou estavam gazeando? Será que foi avisado o Conselho Tutelar? Será que o Conselho Tutelar vai tomar alguma providência quanto aos que estavam lá sem autorização dos pais? É isso que queremos saber, porque de nossos alunos vamos garantir a segurança”, encerrou.

Repúdio

Em entrevista ao jornal A Gazeta, Josias ainda repudiou as críticas feitas por alguns cidadãos e por alguns vereadores quanto à proibição de acessos de alunos da rede municipal ao ginásio de esportes da unidade estadual. Josias disse que apenas os jovens desacompanhados de pais ou responsáveis foram proibidos de entrar no ginásio. Ele inclusive já avisa que no próximo ano alunos de outras escolas poderão assistir, desde que acompanhados por algum responsável. A exigência se deve, explica Josias, porque as escolas estaduais que organizam os jogos não podem se responsabilizar por outros alunos.


Fonte: Jornal A Gazeta