Piên em Notícias

Agosto começa com frente fria e pouca chuva no Paraná, aponta Simepar

 Julho teve temperaturas e volume de chuva abaixo da média no Paraná
Foto: Denis Ferreira Netto/SEDEST


O mês de agosto de 2025 começou com a passagem de uma frente fria que trouxe chuva fraca ao Paraná. No entanto, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), os episódios de chuva devem ser pontuais ao longo do mês e o volume acumulado ficará abaixo da média histórica, que já é a menor do ano.

A previsão aponta para um período predominantemente seco, com frio nas madrugadas e temperaturas agradáveis à tarde. As temperaturas devem se manter dentro da média, com destaque para a grande amplitude térmica ao longo do dia.


Frio típico do inverno paranaense

Agosto segue com as características do inverno: noites geladas e tardes amenas. Cidades do Sul, Campos Gerais e Região Metropolitana de Curitiba continuam entre as mais frias, com médias abaixo de 14°C. Já na região de Telêmaco Borba e Ponta Grossa, a média sobe para entre 14°C e 16°C. No Litoral, em áreas próximas a Cândido de Abreu e no Oeste, as médias ficam entre 16°C e 18°C.

As regiões de Umuarama, Maringá e Londrina registram temperaturas médias próximas dos 20°C. No Noroeste, a média é ainda mais alta, entre 20°C e 22°C, sendo a área mais quente do estado neste período. De acordo com o meteorologista Reinaldo Kneib, do Simepar, agosto é um mês de transição, marcado por maior variação térmica entre o dia e a noite. "É um mês que começa a apresentar oscilações maiores nas temperaturas, com noites geladas e tardes aprazíveis", explica.


Mês historicamente seco

Agosto é conhecido por ser o mês com menor índice pluviométrico do ano no Paraná. Embora estejam previstas algumas frentes frias, os acumulados de chuva devem ser baixos, especialmente na primeira quinzena. A próxima frente fria está prevista para esta segunda-feira (04), mas deve trazer pouca chuva. "A segunda metade do mês pode ter chuva um pouco mais organizada, mas ainda assim o volume total ficará abaixo da média histórica", afirma Kneib.

As regiões mais secas continuam sendo as cidades próximas à divisa com São Paulo, onde o volume de chuva historicamente é inferior a 50 mm. No Noroeste, passando por Maringá, Telêmaco Borba, Cândido de Abreu e Curitiba, o volume esperado é entre 50 mm e 75 mm. No Sul, Ponta Grossa e parte do Litoral e Oeste, a média vai de 75 mm a 100 mm. Já em Foz do Iguaçu, Cascavel, Guarapuava e Sudoeste, os índices históricos chegam a 125 mm.


Julho foi mais seco e frio que o normal

O mês de julho de 2025 terminou com temperaturas abaixo da média e pouca chuva na maior parte do Paraná. Segundo o Simepar, todas as 49 estações meteorológicas registraram temperaturas iguais ou inferiores às médias históricas.

Apenas oito estações atingiram ou superaram a média de chuva para o mês: Altônia, Capanema, Cascavel, Foz do Iguaçu, Loanda, Santa Helena, São Miguel do Iguaçu e Toledo. Nesta última, choveu 101,6 mm, pouco acima da média de 86,5 mm. Mesmo nesses locais, o volume foi registrado em poucos dias, e o restante do mês permaneceu seco.

Em outras 36 estações, a média não foi alcançada. Telêmaco Borba foi o caso mais extremo: choveu apenas 11,8 mm em julho, bem abaixo da média de 94,7 mm.

A comparação com julho de 2024 evidencia a seca de 2025. No ano anterior, 34 estações registraram mais de 80 mm de chuva, sendo oito com mais de 200 mm. Já em 2025, apenas cinco estações ultrapassaram os 80 mm.

Segundo Kneib, a explicação está em um bloqueio atmosférico que impediu a chegada das frentes frias ao estado. “Em 2025, esse bloqueio impediu o avanço de sistemas de chuva. Já em 2024, as frentes frias passaram com mais frequência”, comenta.


Temperaturas até 3°C abaixo da média

Além da seca, julho de 2025 foi marcado por fortes ondas de frio. Estações como Cerro Azul, Cornélio Procópio, Palotina, Santo Antônio da Platina e Cruzeiro do Iguaçu registraram temperaturas entre 2°C e 3°C abaixo da média mensal. “A ausência de chuva permitiu que as massas de ar polar que chegaram ao Estado permanecessem por mais tempo”, conclui o meteorologista.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem
Piên em Notícias

Formulário de contato