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Crianças foram encontradas caminhando sozinhas na BR-369, entre Corbélia e Ubiratã, no Oeste do Paraná - FOTO: Polícia Rodoviária Estadual |
Depois da polêmica nacional sobre a chamada “adultização” de crianças na internet, impulsionada por conteúdos criados para monetização digital, um novo episódio reforça o alerta para pais e responsáveis. Na madrugada desta quarta-feira (13), duas crianças, de apenas 7 e 11 anos, foram encontradas caminhando sozinhas na BR-369, entre Corbélia e Ubiratã, no Oeste do Paraná. O objetivo delas era chegar até Londrina, no Norte do estado, para conhecer um influenciador digital.
Segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), os meninos estavam de chinelo e roupas leves, enfrentando o frio intenso de 7°C, por volta das 2h20 da manhã. Eles carregavam apenas uma lanterna e já apresentavam sinais de fome e exaustão.
O capitão Luis Eduardo Beiger da Luz, da PRE, destacou que o influenciador não tem ligação com as crianças. “Elas apenas são fãs dele”, explicou. As crianças foram resgatadas, receberam cobertores, alimentação e o acompanhamento de uma conselheira tutelar em um posto rodoviário de Assis Chateaubriand. A família foi notificada no distrito de Ouro Verde, em Corbélia, e a Polícia Civil do Paraná (PCPR) deve investigar o caso.
Um alerta para os pais
O episódio escancara um problema cada vez mais presente: o impacto da internet no comportamento infantil. A facilidade de acesso a conteúdos digitais, somada à idolatria por influenciadores, pode levar crianças a atitudes perigosas e imprevisíveis, como no caso registrado.
Especialistas reforçam que a supervisão constante é fundamental. O uso descontrolado de celulares e redes sociais pode expor crianças a riscos que vão desde a exploração de sua imagem até situações concretas de vulnerabilidade física, como a fuga registrada nesta semana.
Vigilância e diálogo
O alerta é claro: os pais precisam acompanhar de perto o que os filhos consomem e buscam na internet. Estabelecer limites de tempo de uso, conhecer os conteúdos e influenciadores que fazem parte do dia a dia das crianças, além de manter o diálogo aberto, são medidas essenciais para a proteção. Casos como este evidenciam que a internet, ao mesmo tempo em que pode educar e entreter, também pode colocar em risco a segurança dos pequenos se não houver acompanhamento adequado.