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Moradores cobram agilidade em nova reforma da ponte entre Lapa e Campo do Tenente

 
Ponte está novamente interditada, causando muitos transtornos, principalmente para moradores da região
FOTO: DER


A ponte metálica sobre o Rio da Várzea, na PR-427, que liga os municípios da Lapa, na Região Metropolitana de Curitiba, e Campo do Tenente, no Sul do Estado, voltou a ser interditada para obras. A estrutura centenária, construída ainda no final do século XIX e adaptada para o tráfego rodoviário na década de 1960, enfrenta mais uma etapa de reparos — mas, segundo moradores e motoristas, até agora os trabalhos parecem não ter começado de fato.

A previsão do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) é de que a interdição dure 90 dias, a partir de 1º de setembro. A medida foi necessária após técnicos identificarem danos nos grampos de fixação das chapas metálicas e rompimento das soldas de ligação, além de desgaste causado pelo tráfego pesado e pelo acúmulo de óleo sobre o tabuleiro. O investimento previsto é de R$ 2,5 milhões, incluindo a substituição das chapas por um novo gradil metálico, reforços na treliça, melhorias nos acessos, limpeza e pintura da estrutura.


Estrutura histórica, problemas recorrentes

Essa não é a primeira vez que a ponte passa por uma interdição prolongada. Em 2021, a travessia foi fechada após engenheiros detectarem uma fissura no piso de rolamento. Em seguida, em 2022, o governo estadual assinou contrato para uma reforma estrutural de quase R$ 4 milhões, que manteve a ponte bloqueada a partir de janeiro de 2023. Mais recentemente, em janeiro de 2024, novas chapas metálicas foram instaladas, mas em menos de um ano os problemas voltaram a aparecer, exigindo novamente interdição total.

A sequência de reformas e interdições tem gerado frustração entre os moradores, que veem a obra como necessária, mas cobram eficiência e durabilidade. Por ser de pista única, a ponte não permite tráfego compartilhado durante as obras. Caminhões devem utilizar como rota alternativa a BR-476 e a BR-116, enquanto veículos leves são orientados a seguir por uma estrada municipal não pavimentada. Na prática, a situação tem causado transtornos. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram carretas encalhadas e estradas vicinais deterioradas pela intensidade do tráfego.


Risco de isolamento e impacto regional

A ponte é considerada vital para o deslocamento entre a Região Metropolitana de Curitiba e o Sul do Estado. Diariamente, centenas de motoristas utilizam o trajeto para o trabalho, transporte de cargas e acesso a serviços básicos. Segundo estimativas, mais de 56 mil moradores da região dependem diretamente da estrutura.

A falta de alternativas viárias adequadas aumenta o risco de isolamento, especialmente em dias de chuva, quando as rotas de desvio ficam ainda mais comprometidas. Comerciantes e transportadores também relatam prejuízos com o aumento do tempo de viagem e dos custos logísticos.


Obras precisam avançar

De acordo com o DER/PR, a obra é considerada emergencial e seguirá cronograma para garantir a segurança da estrutura. A expectativa é que, com o avanço dos trabalhos, o tráfego seja parcialmente liberado no sistema “pare e siga” ou com bloqueio apenas em horários específicos.

Enquanto isso, a população segue aguardando. Para muitos, a sensação é de déjà-vu: mais uma interdição em uma ponte que, apesar de histórica, se tornou sinônimo de problemas e atrasos.


Ponte centenária

A ponte metálica sobre o Rio da Várzea foi construída originalmente como parte de uma ferrovia, no fim do século XIX. Na década de 1960, após a retirada dos trilhos, foi adaptada para integrar a rodovia PR-427. Atualmente, possui 152,95 metros de extensão e apenas 3,3 metros de largura, o que a torna estreita para o tráfego moderno e cada vez mais pesado de veículos.

Mesmo com todas as limitações, a ponte é considerada patrimônio histórico e uma ligação estratégica entre a Lapa e Campo do Tenente. Por isso, moradores e autoridades defendem não apenas a manutenção emergencial, mas também a busca por soluções definitivas que assegurem mobilidade e segurança para a região.

Situação atual: a interdição está prevista para durar 90 dias, mas os motoristas reclamam da falta de movimentação na obra e dos transtornos com as rotas alternativas. A expectativa é de que o DER/PR acelere os trabalhos para reduzir os impactos à população e, finalmente, garantir mais durabilidade às reformas.

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