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Contaminações por metanol não param de crescer no Brasil |
Um alerta nacional tem mobilizado autoridades de saúde em todo o país: os casos de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, como gin, vodca e whisky. A substância, utilizada em produtos industriais, é altamente tóxica e pode causar graves danos à saúde, incluindo cegueira, coma e até a morte.
Casos em São Paulo e outros estados
De acordo com balanço da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, divulgado nesta semana, foram registrados 37 casos suspeitos, sendo 10 confirmados com laudos que atestam a presença do metanol no organismo e outros 27 em investigação.
Até o momento, seis mortes foram registradas no estado — uma delas já confirmada como decorrente da ingestão de bebida adulterada e as demais em análise.
Nesta quinta-feira (2), uma atualização feita pelo Ministério da Saúde elevou o número de registros. Segundo o ministro Alexandre Padilha, já são 48 casos em investigação em todo o país, com 11 confirmações laboratoriais. Para acompanhar a situação, o governo federal instalou uma Sala de Situação, que monitora ocorrências e coordena medidas de resposta em conjunto com estados e municípios.
No balanço, o ministro esclareceu que, até agora, apenas uma morte foi confirmada como decorrente da ingestão de metanol, em São Paulo. Outros sete óbitos permanecem em investigação: dois em Pernambuco e cinco também em São Paulo.
O que é o metanol e por que é perigoso?
O metanol é um tipo de álcool usado na indústria, presente em solventes, combustíveis e produtos de limpeza. Diferente do etanol, que está presente nas bebidas alcoólicas comuns, o metanol não é seguro para consumo humano.
Quando ingerido, o metanol é metabolizado pelo organismo em substâncias extremamente tóxicas, que atacam órgãos vitais como fígado, rins, pulmões e sistema nervoso. Entre os principais sintomas da intoxicação estão:
- Dor de cabeça intensa e náusea;
- Visão turva ou perda da visão;
- Dificuldade respiratória;
- Convulsões, coma e risco de morte.
Especialistas alertam que até pequenas quantidades de metanol podem ser fatais. Por isso, é essencial redobrar os cuidados com a procedência das bebidas consumidas.
Situação no Paraná
Diante da repercussão do caso, o Secretário de Estado da Saúde do Paraná, Beto Preto, tranquilizou a população. Segundo ele, não há nenhum caso confirmado de intoxicação por metanol no estado até o momento. O secretário reforçou, no entanto, a importância da prevenção:
“A orientação é sempre adquirir bebidas em estabelecimentos confiáveis, verificar lacres e selos de qualidade. É uma questão de segurança e de saúde pública”, destacou.
O alerta é especialmente relevante em períodos de festas e confraternizações, quando o consumo de bebidas tende a aumentar.
Atenção da população
As autoridades reforçam que qualquer suspeita de bebida adulterada deve ser comunicada imediatamente aos órgãos de fiscalização, como a Vigilância Sanitária. Entre as orientações para evitar riscos estão:
- Comprar apenas em comércios formais e de confiança;
- Conferir o selo da Receita Federal no caso de bebidas importadas;
- Desconfiar de preços muito abaixo do mercado;
- Nunca consumir bebidas de origem duvidosa ou sem identificação no rótulo.
Conclusão
O avanço dos casos de intoxicação por metanol em São Paulo e a abertura de investigações em outros estados colocaram o Brasil em alerta. Embora o Paraná não registre ocorrências até agora, a mensagem das autoridades é clara: a prevenção é a melhor forma de evitar tragédias. O Piên em Notícias seguirá acompanhando a situação e trazendo informações para manter a comunidade bem informada e protegida.