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| Apesar de votação ter sido tranquila em Piên, medo ainda paira no ar por conta dos últimos acontecimentos ocorridos no ano de 2016, com o assassinato do prefeito eleito Loir Dreveck e do trabalhador Genésio de Almeida |
Apesar da eleição suplementar em Piên, ocorrida no último dia 17, ter sido tranquila, ainda paira no ar um certo temor por conta dos tristes acontecimentos ocorridos na eleição municipal de 2016, quando o então prefeito eleito Loir Dreveck (MDB) foi assassinado. As investigações resultaram na prisão do ex-prefeito Gilberto Dranka e do ex-presidente da Câmara, Leonides Maahs, apontados como mandantes do crime, que resultou ainda na morte do técnico de segurança Genésio de Almeida, assassinado por ter sido confundido com Loir.
Corre nos bastidores a notícia de que Dranka teria recebido uma recomendação judicial para ficar em prisão domiciliar nos últimos dias. Além disso, policiais militares descaracterizados, juízes e outras autoridades do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) estiveram no fim de semana de eleição em Piên, para acompanhar tudo de perto e evitar novos problemas.
Muitos políticos ainda têm medo de falar sobre o assunto, porque os comentários na cidade a respeito do ex-prefeito não são positivos. Dranka está vivendo normalmente em Piên, beneficiado por alvará de liberdade provisória até o julgamento, que ainda não tem data marcada. Especialmente agora, pois devido ao resultado da eleição, um grupo político diferente vai assumir a Prefeitura e com isso terá acesso a todos os documentos de gestões anteriores.
Transição
O processo de transição na Prefeitura de Piên tem ocorrido de maneira tranquila e amistosa, assim como foi a eleição suplementar de domingo. Desde segunda-feira o prefeito eleito João Padeiro (PSDB) tem participado de reuniões para ficar por dentro de todos os detalhes da máquina pública. Ele assume o cargo na primeira semana de abril, e nestes poucos dias até lá, terá que dedicar bastante tempo para conhecer de tudo e ainda por cima montar sua equipe.
Esqueletos
Aquela tradicional expressão “esqueletos no armário”, se referindo a questões antigas, não tão correta (digamos assim) e escondidas por administrações públicas, pode servir bem em Piên. Pois se foram capazes de matar para garantir continuidade de algumas ações, então a expectativa é que nos próximos meses muita coisa engavetada comece a ver a luz do dia, já que o novo prefeito eleito é de um grupo completamente contrário ao que antes gerenciava a cidade. João Padeiro terá a oportunidade de fazer um pente-fino na Prefeitura.
Fonte: Jornal A Gazeta (Panorama Político)