Professores de Piên cobram o piso nacional

Assuntou também repercutiu na Câmara de Vereadores de Piên


Professores da rede municipal de ensino em Piên estão revoltados por não terem seus salários adequados ao Piso Nacional do Magistério, de R$ 3.845,34 para jornada de 40 horas semanais. Alguns educadores se mobilizam no sentido de viabilizar uma greve no município.

Uma das professoras, que pediu para não ser identificada, contou que a maioria dos professores de Piên está insatisfeita com a falta de valorização da categoria. "Até a nossa reposição salarial perdemos e disseram que foi por causa da pandemia. Mas sabemos que São Bento e outros municípios da região conseguiram dar esse reajuste. Aqui em Piên nem isso ganhamos. A situação é complicada porque muitos estão trabalhando desmotivados e desanimados", disse. 

Os professores não acreditam que o piso do magistério em Piên seja colocado em prática e ainda reclamam por não terem conseguido repor as perdas inflacionárias. "Nos reunimos com os professores e conseguimos uma reunião na Câmara de Vereadores. Os vereadores até tentaram nos ajudar, mas fato é que até agora estamos sem respostas da Prefeitura. A única respostas que tivemos é que a Prefeitura não irá conceder o aumento e nem o piso porque são muitos professores e isso traria um grande impacto financeiro", revelou.

Outra professora disse que municípios muito menores que Piên já adequaram o salário de seus professores. "A gente sabe que esses recursos já vieram do governo federal, grande maioria dos municípios na região já adequou, mas, nós, infelizmente, não estamos tendo êxito nisso. O prefeito não acatou nossa reivindicação. Queremos apenas o nosso reajuste. A gente acha e entende que tem condição, sim, e vamos continuar reivindicando, pois do jeito que está não tem como continuar", lamentou.

Outra questão levantada pelos professores pienenses é quanto à ausência de um sindicato para representar a classe. "Estamos há anos tentando montar um sindicato aqui, acho um absurdo Piên não ter um sindicato. Todo ano a gente tenta, tenta, e morre na casca. Não temos nenhum apoio do governo municipal nisso, mas para eles está bom do jeito que está. Só sei que muitos professores estão desmotivados e desanimados, mas, mesmo assim, a gente continua trabalhando e investindo em nossa formação, sem ter o merecido valor por parte do governo municipal", disse a professora. 

Na segunda-feira haverá uma reunião na Prefeitura para discutir a questão da reposição salarial dos professores. A expectativa também é que na próxima sessão da Câmara de Vereadores, na terça-feira, o assunto volte a ser tratado.


Sem respostas

A exemplo dos professores, a reportagem de A Gazeta também ficou sem respostas por parte da Prefeitura. Indagamos a Prefeitura, por meio da assessoria de imprensa, se existe algum projeto sendo formalizado para conceder ao menos a reposição salarial dos professores, porém, até o fechamento desta edição, não recebemos resposta.

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