Empresário pienense acabou preso em grande operação do Gaeco, ontem em Piên

 

Imagens divulgadas pelo Ministério Público de Santa Catarina

A população de Piên levou mais um baque na manhã desta terça-feira, com maiores esclarecimentos sobre a operação “Mensageiro”, que resultou na prisão de um empresário bastante conhecido na cidade e região. A mega operação policial que também resultou na prisão de três prefeitos em Santa Catarina e outros diversas pessoas repercutiu região à fora. A ação foi coordenada pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e do Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) do Ministério Público de Santa Catarina.

A operação investiga um esquema milionário de fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em prefeituras de diversas regiões de Santa Catarina. Mais de 200 policiais integram a operação, que ocorreu em 20 municípios catarinenses. Foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva e 108 de busca e apreensão em 20 municípios catarinenses. Também foram bloqueados os bens de 25 empresas e 11 pessoas físicas.

Na edição de hoje do jornal A Gazeta, mais detalhes do processo foram revelados sobre a suspeita de fraudes nas licitações. Segundo revelou A Gazeta, o empresário que teve mandado de prisão expedido a seu desfavor é Altevir Seidel. Além dele também foram presos nesta terça-feira, os prefeitos de Papanduva, Luis Henrique Saliba (Progressistas), de Dyvisonn de Souza, (MDB), de Pescaria Brava e de Balneário Barra do Sul, Antônio Rodrigues. Ao todo, são 96 alvos de buscas envolvendo órgãos públicos, residências particulares e empresas.

A reportagem de A Gazeta revelou ainda que Altevir foi apontado por outro prefeito, Adelmo Alberti, preso em junho de 2021, após a operação Et Pater Filum. Esta mesma operação resultou também nas prisões dos ex-prefeitos de Major Vieira, Canoinhas e Três Barras. Adelmo fez acordo de delação e revelou o esquema apontando Altevir como um dos operadores do esquema através da empresa Serrana, de Rio Negrinho, no tempo em que Altevir era gerente da mesma.

A apuração da equipe de jornalismo de A Gazeta ainda apurou que depois da delação do prefeito Adelmo, Altevir passou a ser monitorado dia e noite pelas autoridades policiais e pela justiça. O empresário era monitorado até por GPS segundo dados extraídos do processo, que corre em Segredo de Justiça, pela reportagem de A Gazeta.  Com a delação, por entregado Altevir à justiça, Adelmo reduziu sua pena em 12 anos e, no ano anterior, foi beneficiado com liberdade provisória com monitoramento por tornozeleira. A equipe de reportagem de A Gazeta informou que vem buscando contato com o advogado de Altevir, para ouvir sua versão sobre as acusações que pendem contra ele.

 

Outras informações



Ontem a noite a notícia de que outras várias pessoas foram presas, na mesma operação, começaram a repercutir na internet. As informações davam conta que outros vários prefeitos foram presos. Ainda não se tem ao certo a informação que quantas pessoas foram presas, inclusive, mais pessoas de Piên podem ter sido alvos da operação. O Ministério Público informou que divulgará novas informações em breve.

 

 

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