Testemunhas que receberam PIX do prefeito Jesse Zoellner foram ouvidas e caso segue tramitando no TRE-PR

Agudos do Sul - FOTO: Divulgação


O processo no qual o prefeito Jesse Zoellner é réu no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR), segue em tramitação na Justiça Eleitoral do Paraná. No mês anterior representantes da Justiça Eleitoral montaram uma espécie de “Quartel General – QG”, na Câmara de Vereadores, para entregar as dezenas de intimações para que eleitores que supostamente receberam transferências bancárias via PIX, feitas pelo prefeito na semana da Eleição Suplementar de Agudos do Sul, em abril de 2022.

As audiências para oitivas das testemunhas ocorreram no dia 5 de fevereiro. Nós do Piên em Notícias conversamos com o ex-candidato a prefeito de Agudos do Sul, Diego Teixeira, que foi autor da Ação de Investigação Eleitoral que foi protocolada na Justiça Eleitoral do Paraná. Conforme ele, várias testemunhas confirmaram que receberam PIX do prefeito Jesse, no período eleitoral. Outros não souberam explicar os motivos das transferências. “Foram ouvidas dezenas de pessoas os vídeos estão no processo que é publico. Agora estamos esperando a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Faltou quatro pessoas para darem depoimento, agora resta esperar para ver se o TER irá querer ouvir ou não essas testemunhas para o processo ter sua continuidade e ser anunciada uma decisão”, disse o ex-candidato a prefeito de Agudos, Diego Teixeira.

Diego é filho da ex-prefeita de Agudos do Sul, Luciane Teixeira, que venceu as últimas eleições municipais em Agudos do Sul, porém, ela não pode ser diplomada porque estava inelegível. Sendo assim, Diego se candidatou a prefeito e acabou perdendo a eleição suplementar no município vizinho por apenas 304 votos de diferença para Jesse. Alguns meses após a eleição suplementar, Diego Teixeira protocolou no Ministério Público do Paraná uma denúncia contra o prefeito Jesse, alegando compra ilícita do sufrágio, compra de votos.  “O Ministério Público acatou a denúncia, tendo em vista que a mesma tinha fundamento. Tanto que chegaram a quebrar o sigilo bancário do prefeito e confirmaram várias transferências em PIX para eleitores de Agudos do Sul no período eleitoral e inclusive no dia do pleito”, acrescentou Diego.

O Ministério Público acatou a denúncia e após quebra do sigilo bancário do prefeito Jesse, identificou mais de 40 transferências bancárias via PIX, da conta do prefeito para diversas pessoas residente em Agudos do Sul. Os pagamentos variavam entre R$ 50 a R$ 100 e foram feito na semana que ocorreu a eleição suplementar em Agudos do Sul. A tramitação do processo de Jesse no TRE-Pr foi bastante conturbado, isso porque vários desembargadores pediram vistas do processo no momento de votação. Após sete adiamentos por conta de pedidos de vista, a votação acabou empatada, foi então que o presidente da corte do TRE-PR, decidiu que as testemunhas do caso fossem ouvidas novamente.

Vale lembrar que após a quebra do sigilo do prefeito Jesse, a Justiça Eleitoral acatou o pedido de afastamento imediato do prefeito e do seu vice-prefeito, Antônio Gonçalves de Luz, determinando que ambos ficassem inelegíveis por oito anos além de pagamento de multas. A decisão foi acatada pelo juiz eleitoral Thiago Bertuol de Oliveira. Porém, o prefeito Jesse recorreu da decisão e até agora se mantém no cargo através de decisão liminar.

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