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Cães soltos em Piên: ataques, medo e revolta da população — problema antigo volta ao centro do debate

Grande quantidade de cães soltos pelas ruas de Piên vem gerando problemas constantes
FOTO: Inteligência Artificial 


Uma situação que há tempos incomoda moradores de Piên voltou a causar polêmica e revolta nesta semana: cães soltos pelas ruas estão atacando pedestres, incluindo crianças e idosos. O caso mais recente foi registrado nesta quinta-feira (10), nas proximidades da academia 300, quase ao lado da Escola Municipal Marciano de Carvalho. 

A equipe do Piên em Notícias recebeu nova denúncia de uma moradora que foi atacada por dois cachorros enquanto ia para o trabalho. “Gostaria de fazer uma reclamação. Hoje de manhã estava indo trabalhar e fui atacada por dois cachorros que estavam na rua. Ontem, um deles já estava pulando a cerca da casa, e hoje os dois vieram para cima de mim pra morder mesmo. Sorte que tinha alguém passando pra me ajudar. É na rua Fortaleza, próximo à academia 300. E se fosse uma criança? E se ninguém estivesse passando ali?”, relatou a seguidora, que preferiu não se identificar.

Após a publicação do relato nas redes do Piên em Notícias, diversos moradores se manifestaram confirmando episódios semelhantes, principalmente na mesma região. “Verdade, a mesma situação aconteceu comigo ontem de manhã no mesmo lugar. Esses cachorros pulam para morder”, escreveu outra seguidora.

A indignação aumenta quando se observa que os cães supostamente têm donos — mas permanecem soltos pelas ruas, sem qualquer controle. Relatos indicam que até crianças da Escola Marciano de Carvalho já foram atacadas pelos mesmos animais. “Nessa rua tem várias crianças que passam indo e voltando da escola. Quem quer ter cachorro que cuide direito e mantenha no pátio. Ontem esses mesmos cachorros pularam em uma senhora também”, comentou outra seguidora.


Responsabilidade dos donos ou omissão das autoridades locais?

A polêmica vai além dos ataques. Seguidores também chamaram a atenção para o fato de que a culpa não é dos animais, e sim dos tutores irresponsáveis. Muitos cobraram punições mais rígidas e pediram maior rigor na fiscalização por parte dos órgãos públicos. “As denúncias devem ser feitas na zoonoses do município e na Polícia Militar. Não adianta ficar só nas redes sociais, isso só gera ódio contra os animais. A culpa é dos tutores que deixam os cachorros soltos”, apontou uma moradora.


Problema antigo, agravado nos últimos meses

Embora os casos recentes tenham reacendido o debate, o problema não é novo. Há anos o Piên em Notícias vem noticiando ataques de cães pelas ruas do município, especialmente em bairros mais afastados. O que mudou é a frequência dos casos e a intensidade dos ataques, o que tem gerado medo e insegurança.

Quem costuma correr, caminhar ou andar de bicicleta em Piên conhece o risco. “A gente não sai mais tranquilo. Em quase todo bairro tem cachorro solto, muitos agressivos”, relata um ciclista que pediu anonimato.

Outro agravante tem sido os casos de envenenamento de cães, registrados em diversos bairros do município. Embora condenável, muitos veem isso como reflexo do desespero e da falta de ação das autoridades. A matança de animais, no entanto, é crime e deve ser punida com rigor.


Denunciar é difícil: ausência de Delegacia atrapalha

Um dos maiores obstáculos para resolver o problema está na dificuldade de formalizar denúncias. Piên não possui Delegacia de Polícia Civil, o que obriga os moradores a se deslocarem até Rio Negro — a 90 quilômetros — para dar andamento a Boletins de Ocorrência registrados na Polícia Militar. Com os custos e a distância envolvidos, a maioria dos casos sequer chega a ser formalizado, o que gera impunidade e perpetua o problema.


E agora, Piên?

Diante do aumento dos ataques e do crescente número de reclamações, fica o apelo aos proprietários de cães para que cuidem de seus animais e os mantenham fechado dentro de seus terrenos. Algo precisa ser feito com urgência. A segurança de pedestres, crianças e idosos está em risco. E a omissão dos donos pode custar caro e gerar problemas. O Piên em Notícias seguirá acompanhando o caso e cobrando medidas concretas para resolver esse problema que, além de perigoso, fere o convívio social e a proteção dos próprios animais.


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