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Leonides Maahs é suspeito te matar a sangue frio a própria esposa |
O ex-vereador de Piên, Leonides Maahs, vai encarar novamente o Tribunal do Júri de Rio Negro. O julgamento, marcado para o dia 18 de setembro de 2025, colocará frente a frente os jurados e dois réus acusados do feminicídio brutal da dona de casa Josicler Pieckocz, morta a golpes de marreta e foice em fevereiro deste ano. Além de Nide Maahs, como é popularmente conhecido, também será julgado o pedreiro Luan Fabiano Bachel, que chegou a fugir após o crime, mas foi capturado dias depois em São Bento do Sul.
O caso abalou Piên e voltou a mexer com os moradores da cidade ao longo dos últimos meses. Familiares de Josicler já organizam uma caminhada pela condenação dos acusados e prometem mobilização popular nos dias que antecedem o julgamento. A data da manifestação ainda será definida.
O crime que chocou Piên
Josicler Pieckocz, de 56 anos, foi assassinada dentro de casa, na tarde do dia 11 de fevereiro de 2025, na chácara onde vivia com o então marido, Leonides Maahs. Testemunhas relataram gritos de socorro vindos da residência, mas inicialmente pensaram se tratar de uma briga de casal. Momentos depois, o ex-vereador foi visto deixando o local e se dirigindo até a Câmara de Piên. Ali, aparentando nervosismo, chegou a comentar que sua esposa estava em casa com o pedreiro.
Pouco tempo depois, a notícia da morte de Josicler correu por toda a cidade. A Polícia foi acionada e isolou o local, que apresentava fortes sinais de violência. Moradores relataram cenas perturbadoras. “Ela gritava por ajuda, foi aterrorizante”, contou uma testemunha a reportagem do Piên em Notícias. A vítima teria sido golpeada violentamente com uma marreta e uma foice.
Suspeito foragido foi preso em São Bento do Sul
O pedreiro Luan Fabiano Bachel, de 32 anos, também suspeito de participação no assassinato, fugiu após o crime e permaneceu foragido por três dias. Foi capturado em uma operação da Polícia Militar de São Bento do Sul, no bairro Alpino. Durante a fuga, tentou se esconder em um matagal, mas acabou localizado com apoio da comunidade e levado para a delegacia de Rio Negro, onde permanece à disposição da Justiça. Ambos os réus irão responder por feminicídio, crime que pode resultar em pena de 20 a 40 anos de prisão.
Nide e o passado no caso Dreveck
Essa não será a primeira vez que Leonides Maahs senta diante do tribunal do júri de Rio Negro. Em 2022, ele foi um dos réus no emblemático caso do assassinato do prefeito eleito de Piên em 2016, José Loir Dreveck, morto a tiros em uma emboscada. Na época, o atentado resultou ainda na morte de Genézio de Almeida, técnico em segurança, assassinado por engano ao ser confundido com o prefeito.
Leonides, que estava preso preventivamente, acabou sendo absolvido após seis dias de julgamento ao lado do então ex-prefeito Gilberto Dranka, que faleceu em fevereiro deste ano. A defesa argumentou falta de provas. Com a absolvição, Maahs ainda tentou acionar judicialmente a Câmara de Piên, exigindo ressarcimento pelo período em que perdeu o mandato de vereador durante sua prisão — alegando inocência confirmada pela Justiça.
Justiça será feita?
Com um histórico já marcado por um dos julgamentos mais polêmicos da história recente de Piên, Leonides Maahs agora retorna ao mesmo fórum para enfrentar o peso de uma nova acusação, dessa vez ainda mais impactante por envolver a morte da própria esposa.
A cidade aguarda ansiosa o desfecho. Moradores, familiares e movimentos sociais devem comparecer ao Fórum de Justiça de Rio Negro no dia 18 de setembro. Para muitos, esse será o julgamento mais esperado dos últimos anos.
A pergunta que fica no ar é: desta vez, Leonides será condenado — ou, mais uma vez, deixará o tribunal como inocente?