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Proposta foi sugerida pelo vereador Almir Mielke - FOTO: Reprodução/sessões |
O presidente da Câmara de Vereadores de Piên, o vereador Almir Pedro Mielke (PRD), apresentou na sessão da semana anterior, uma indicação sugerindo a abertura de uma consulta pública, para transformar o Colégio Estadual Frederico Guilherme Giese, em um colégio com sistema cívico-militar. A ideia repercutiu positivamente no Legislativo pienense desencadeando diversos elogios por parte da vereança.
Em sua justificativa Almir elencou que a Secretaria Municipal de Educação, pode entrar em contato com a Secretaria de Estado de Educação, para saber sobre os tramites e solicitar a abertura de uma consulta junto a população. “Fui procurado por muitos pais de alunos que dizem ter medo que seus filhos se envolvam com drogas e sabemos que esse modelo de educação auxilia muitos os pais priorizando o respeito e a prevenção as drogas”, disse o vereador que além de parlamentar é bombeiro militar em Piên.
Almir contou com o apoio de grande parte dos vereadores que inclusive endossaram as suas palavras, dedicando apoio a ideia e também tecendo vários elogios ao modelo de ensino cívico-militar. “Quitandinha implantou esse sistema de ensino há alguns anos e eles vêm colhendo muitos resultados positivos”, lembrou o vereador Aldo Rui (PSD).
No Paraná, as escolas cívico-militares são uma realidade, com 312 escolas estaduais adotando esse modelo. Na região, como citado pelo vereador Aldo, um bom exemplo é Quitandinha que há cinco anos aprovou por 750 votos a favor e 86 contra, a implantação desse sistema de ensino, no Colégio Estadual Eleotério Fernandes de Andrade. Desde então a referida instituição de ensino, com a aprovação da comunidade escolar, foi transformada em colégio cívico-militar. Além de Quitandinha, outros municípios na região também contam com escolas cívico-militares, a exemplo de Fazenda Rio Grande, Mandirituba, Tijucas do Sul, Lapa e Contenda.
Sobre Escolas cívico-militares
Escolas cívico-militares são escolas públicas de ensino regular que adotam um modelo de gestão compartilhada entre educadores e militares, com foco na disciplina e ordem. No Brasil, o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) foi implementado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas foi extinto em 2023, com alguns estados e municípios dando continuidade ao modelo. Em Santa Catarina, o governo estadual assumiu a gestão das escolas cívico-militares que antes eram do programa federal e planeja ampliar o número de escolas.
Como funciona o modelo cívico-militar:
A escola possui uma gestão compartilhada entre a Secretaria de Educação, que cuida do currículo e conteúdo, e militares, que atuam na gestão educacional, normas de convivência e disciplina. Militares da reserva, como policiais ou membros das forças armadas, atuam como monitores, auxiliando na organização e disciplina da escola. O objetivo é promover um ambiente escolar mais organizado e com foco em valores como patriotismo, família, ordem e respeito.