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Funcionário terceirizado da Sanepar é preso após desviar R$ 90 mil; suspeito diz que crime foi motivado por perdas no “jogo do tigrinho”

 
Suspeito foi preso na manhã desta quinta-feira, em Curitiba 
FOTO: Polícia Civil do Paraná

Um funcionário terceirizado da Sanepar, de 23 anos, foi preso na manhã desta quinta-feira (13) durante uma operação da Polícia Civil que apura o desvio de mais de R$ 90 mil da companhia. O jovem, apontado como autor intelectual do esquema, afirmou à polícia que passou a cometer o crime depois de perder dinheiro em apostas conhecidas como “jogo do tigrinho”.

Segundo as investigações, o esquema fraudulento envolvia o desvio de valores que deveriam ser devolvidos a clientes que efetuaram pagamentos em duplicidade. O suspeito, que trabalhava em uma central de atendimento presencial da Sanepar, aproveitava brechas internas do sistema para direcionar os reembolsos a contas bancárias de terceiros, que colaboravam com o esquema. Ao todo, dez pessoas receberam parcelas do dinheiro desviado.

A operação desta quinta-feira cumpriu 35 ordens judiciais, incluindo nove mandados de prisão temporária. Dois veículos de luxo — uma Mercedes e uma moto BMW — foram apreendidos. O funcionário foi detido junto com o irmão, em Curitiba. Outros mandados foram executados em Araucária e São José dos Pinhais.


Fraude descoberta pela própria Sanepar

De acordo com o delegado Emmanoel David, responsável pela investigação, a fraude foi identificada pelos próprios controles internos da Sanepar, que comunicou imediatamente o caso à Polícia Civil. O suspeito vai responder por furto mediante fraude, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O delegado também reforçou que qualquer pessoa que empresta a conta bancária para receber dinheiro ilícito pode ser responsabilizada criminalmente.


Sanepar reforça mecanismos de segurança

O gerente de planejamento e desenvolvimento comercial da Sanepar, Guilherme Arioli, afirmou que a companhia detectou o desvio internamente e tomou todas as medidas cabíveis. O funcionário terceirizado foi demitido por justa causa, e os valores desviados foram retidos. A empresa também notificou a terceirizada responsável pelo colaborador e aprimorou os protocolos internos para garantir a integridade das devoluções. O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que apura a participação de outras pessoas no esquema e a movimentação dos recursos desviados.

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